O que parece ser apenas uma atividade como a corda bamba circense, é na verdade uma modalidade esportiva com importantes funções corporais e motoras. O slackline está longe de ser uma atração de circo, pois não prima pela arte, mas sim pela funcionalidade de exercícios para o corpo. As metas desse esporte são tecnicamente simples: andar em uma fita de um ponto a outro sem cair. Porém, manter-se equilibrado na corda requer concentração e um bom preparo físico. “O esporte é importante para desenvolver a autoconfiança, o equilíbrio e a coordenação motora”, afirma o personal trainer Diego Henrique, da academia Malhação. Com anos de experiência em atividades físicas, o personal acabou se rendendo ao slackline.
Praticante do esporte, Diego (foto ao lado) começou a levar a modalidade para suas aulas. “Comecei a treinar meus alunos para ajudar a fortalecer os ligamentos musculares com treinamento proprioceptivo. Isso tem ajudado a evitar contusões”, afirma. O que alguns encaram como passatempo, Diego tem como ferramenta de trabalho, uma vez que o slackline é uma das atrações que ele oferece para que os alunos possam se interessar pela prática esportiva. Ele explica que em Belo Horizonte o esporte começou a ser difundido há mais ou menos dois anos. “A Capital nos oferece muitos locais propícios à prática”. Os parques da Pampulha e algumas praças apresentam estrutura suficiente para armar a fita de equilibrio. Essa fita é fixada em uma árvore ou outro ponto fixo e presa com auxílio de um sistema de catraca, responsável pela garantia da estabilidade. Segundo Diego Henrique, há cordas que podem suportar até três toneladas.
Outro que também aproveita os benefícios do slackline é o músico Erick Augusto. Praticante há cerca de dois meses, ele garante que o hobbie vale a pena, não só pelos benefícios corporais, mas também por ser um ótimo passatempo. Ele pratica a modalidade duas ou três horas por dia. “Já estou até arriscando umas acrobacias, mas em dias muito corridos o bom mesmo é trabalhar o equilíbrio e a concentração em cima da corda”, revela o baterista, que também afirma que a prática o faz produzir melhor sua música.
Já o professor de Educação Física, Diego Henrique, quer que o esporte seja mais difundido em Belo Horizonte. Para isso, ele está oferecendo ao público, todos os sábados, próximo ao marco zero da Pampulha, a oportunidade de conhecer melhor essa modalidade. No local, além de slackline, Diego organiza grupos de corrida com infraestrutura operacional para avaliação dos alunos. “Trouxe o slackline, para os trabalhos da DM Fit Run, a nossa equipe de corrida. Dessa maneira, ofereço um leque maior de possibilidades de práticas esportivas para meus clientes e quem mais estiver interessado”, afirma.
Se para alguns já é desafiador manter-se equilibrado em uma “corda bamba” a poucos metros do chão, há quem ouse ainda mais. O highline é uma derivação bem mais ousada do slackline. A “corda”, ao invés de ser presa em duas árvores, é presa num penhasco ou plataforma nas alturas.
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