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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Importância da Avaliação Física!

A Avaliação Física é um importante processo no treinamento esportivo ou ainda, na prescrição de exercícios físicos para saúde ou estética. Através dela, o profissional de Educação Física poderá identificar possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (tabagismo, hereditariedade, alteração no colesterol, alteração do açúcar no sangue, sedentarismo, dentre outros).


Além disso, poderá, ainda, avaliar a maior necessidade do individuo, seja para melhora do desempenho esportivo, aumentar o VO2máx, reduzir peso ou ainda reduzir percentual de gordura.

A Avaliação Física também auxilia o profissional a estabelecer metas para o aluno a partir da identificação dos déficits apresentados, seja para melhorar o VO2máx, o desempenho esportivo, reduzir peso ou percentual de gordura, nunca esquecendo dos objetivos impostos (e necessários) pelo aluno.

Através da Avaliação, o profissional de Educação Física terá parâmetros para identificar a melhor atividade para o aluno e também a intensidade e a freqüência desses exercícios para que se trabalhe dentro da zona de treinamento, a qual é individual.

A Reavaliação deverá ser realizada após um período de no mínimo 90 dias de exercícios físicos, para identificação dos resultados. Assim, o profissional analisará se será necessária a mudança do programa de exercícios ou poderá mantê-lo, alterando apenas a quantidade a ser realizada.

Quem executa a Avaliação Física?

A avaliação física é de competência do profissional de Educação Física e não do Fisioterapeuta, como em muitos estabelecimentos. Esses, além do Fisioterapeuta, poderão ser autuados como infratores segundo a lei nº. 9696/98, do Conselho Federal de Educação Física.
Será competência do Fisioterapeuta apenas a Avaliação FISIOTERAPÊUTICA, como na lei nº. 8856/94, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Quais os itens de uma Avaliação Física?

Os principais são:

- Anamnese (entrevista)
- Altura
- Peso
- Índice de Massa Corpórea
- Relação Cintura x Quadril
- Percentual de Gordura
- Percentual de Massa Magra
- Circunferências
- Teste ergométrico

Dicas para a hidratação tranquila durante as corridas

Visualizar o posto de hidratação que há menos pessoas é importante
Pré e pós corrida também devem ser tratados com atenção.

Ao participar das primeiras provas, é comum os iniciantes se sentirem apreensivos com os pormenores do evento, como retirada de chip, horário de largada, onde estacionar etc. Outro momento considerado “estranho” pelos novatos é o de passagem pelos postos de hidratação.

É fato que a ingestão de líquidos é fundamental, principalmente em uma competição. Contudo, a calma também será útil na hora de matar a sede, garantindo o sucesso da sua participação. “Não tem muito segredo para esse momento. Normalmente as pessoas ficam apavoradas, e não é essa a atitude correta. O corredor tem que ficar esperto, visualizar em qual posto do trajeto de hidratação há menos pessoas, menos bagunça. O perigo é se afobar e acabar atrapalhando sua prova e a de outro companheiro”, explica Rodrigo Lobo, diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva.

Outras dicas importantes podem também evitar acidentes, como fala Marcelo Lopes, diretor técnico da Run All Way. “Na hora que conseguir pegar o seu copo de água, não é recomendado abri-lo inteiro, mas sim fazer apenas um furo, evitando que o corredor tome um banho e molhe demais suas roupas e até seu tênis. Dessa maneira também diminui a possibilidade de o corredor se engasgar com a água, já que irá sair uma quantidade suficiente para um gole”.

A maneira de como você se livrará de seu copo também é importante. “O corredor também tem que ter a consciência que apenas um copo de água, mesmo vazio, pode causar um acidente. É indicado que os copos sejam jogados nas laterais das vias, não ficando no caminho de ninguém”, compelta o treinador.

A quantidade certa

Através de estudos, foi recomendado que todo corredor deve se hidratar a cada 3 km, sendo poucos goles suficientes, não um copo inteiro de água. Além disso, é importante que o atleta não sinta sede durante a competição. “Sentir sede durante a prova mostra que o corpo está sofrendo, pois sente falta da água. Essa sensação deve ser evitada, tomando poucos goles de água ou isotônico durante a competição”, esclarece Lopes.

Mas se há erros na hora da prova, os momentos pré e pós corrida também devem ser tratados com atenção. “Antes das provas é necessário que o corredor tenha uma hidratação de pouca quantidade de água, evitando que sinta sede logo nos primeiros quilômetros e gerando desespero para a chegada dos postos de hidratação”, explica Lobo.


Após a prova, uma conta simples pode acabar com as dúvidas relacionadas à hidratação. O atleta pode se pesar antes e depois da corrida e a diferença de peso resultante significa a quantidade de líquido, em mlilitros, que deve ser reposta. Ou seja, se a diferença de peso for de 500 mg, é necessário a reposição de 500 ml de água ou isotônico.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aprenda os tipos de pisada e saiba como comprar tênis ideal para corrida

Não tente adivinhar por conta própria, olhando a sola do tênis, por exemplo. Todo tênis tende a se desgastar mais na parte de fora, na região do calcanhar, independente da pisada.

Para quem quer começar a correr, a escolha do tênis é fundamental. Antes de comprar um modelo, o ideal, para evitar lesões, é fazer o teste da pisada (baropodometria) realizado em clinicas especializadas. Não tente adivinhar por conta própria, olhando a sola do tênis, por exemplo. Todo tênis tende a se desgastar mais na parte de fora, na região do calcanhar, independente da pisada.

Com o teste da Baropodometria pode-se, além de indicar o tipo de tênis a ser comprado, confeccionar palmilhas especificas para essas pisadas, Um novo conceito, denominado palmilhas termomoldáveis, permite a moldagem da palmilha, de acordo com a curvatura do pé, e isso garante a exatidão da peça e seus resultados positivos.


A palmilhas podem ser nacionais ou importadas. São confeccionadas com materiais sintéticos,anti-alérgicos, termoplásticos, duráveis e de espessura variada para o seu bom manuseio.

Além disso, reagem a modificação quando necessário, com excelente adaptação por serem confeccionadas individualmente.

Os três tipo de pisadas que existem são: supinada, neutra e pronada. Os atletas que possuem pisada supinada são chamados de supinadores. A característica básica dessa pisada é que ela começa na borda externa do calcanhar e continua nessa linha, aumentando o impacto entre as articulações.
 

A pisada neutra é aquela que começa no lado externo do calcanhar e movimenta o pé ligeiramente para dentro. Uma das características é a planta do pé, que apresenta um arco que vai até a linha média da base do pé. Geralmente quem tem o arco do pé normal apresenta pisada neutra.

Os pronadores iniciam a pisada com a parte externa do calcanhar e continuam rolando o pé excessivamente para dentro. Os casos de pronação costumam ser mais frequente entre as mulheres, devido à anatomia preparada para a gravidez e o parto.

A escolha do tênis errado pode não proteger a área do pé que mais sofre o impacto. Um tênis pronado tem mais amortecimento na parte interna, o supinado na parte externa e o neutro não precisa de um sistema de amortecimento tão complexo, pois não precisa corrigir a pisada, já que esta é considerada a melhor para corridas.

Agora que você já sabe como escolher o tênis correto BOA CORRIDA.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Troque os pés pelas mãos

A massagem pode ser uma grande aliada da corrida, ajudando a aliviar tensões, acelerar a recuperação e melhorar a performance.

O simples toque das mãos pode ajudar a prevenir lesões e torná-lo um corredor melhor. A massagem, além de ser gostosa, faz bem à saúde. A manipulação de tecidos ajuda a relaxar a musculatura, aumenta a circulação sanguínea, eleva a quantidade de oxigênio levado aos músculos e auxilia o corpo a se livrar mais rapidamente de toxinas como o ácido lático.

Esses processos são especialmente importantes para atletas, que muitas vezes sobrecarregam certas estruturas do corpo. "A ação mecânica realizada pela massagem ajuda a aliviar contraturas musculares e a diminuir processos inflamatórios", diz o fisiologista do exercício Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Exceto em caso de fraturas, rupturas de ligamento, distensões musculares ou dor muito forte, a massagem não tem contraindicações e pode ser feita regularmente, ao contrário de outros tratamentos.

A massagem também pode ajudar a prevenir lesões que poderiam surgir com o esforço dos treinos. "A corrida causa microprocessos inflamatórios que são responsáveis pela dor do dia seguinte. A massagem facilita o sono profundo, momento em que ocorre o reparo dos tecidos", afirma Gabriel Lima, fisioterapeuta e pós-graduando em fisiologia do exercício pela Unifesp.

A massagista Fabiana Branco Lara, que trabalha na área há 15 anos e atende muitos corredores, afirma que nenhuma massagem deve provocar dor. "É importante que você avise ao profissional que está realizando a massagem se sentir qualquer desconforto", diz. Para encontrar um bom massagista, ela sugere pedir indicações a seu treinador, a um fisioterapeuta ou a outros corredores. Segundo Milton Alves, presidente do Conselho Brasileiro de Autorregulamentação da Massoterapia e do Sindicato Nacional dos Terapeutas Naturistas, o preço médio pela hora de massagem em São Paulo é de cerca de 80 reais.

Confira a seguir as principais técnicas de massagem e os benefícios que podem trazer aos corredores.

1. PEDRAS QUENTES

O que é: Aplicação de pedras, normalmente vulcânicas ou cristais, de diferentes tamanhos e formatos para fazer massagem no corpo todo. São utilizadas pedras aquecidas e pedras frias, que oferecem um estímulo profundo sem necessidade de muita pressão.

Benefícios: O contraste de temperatura produz um efeito sedativo e relaxante, além de estimular o sistema circulatório. Deixa o corpo alerta porém completamente relaxado, por isso pode ser feita antes ou depois do treino.

2. SHIATSU

O que é: Baseada na medicina tradicional chinesa, faz pressão com as pontas dos dedos nos meridianos, caminhos de energia que percorrem o corpo — também utilizados na acupuntura. "Shi" quer dizer dedo e "atsu", pressão.

Benefícios: Reequilíbrio físico e energético e fortalecimento do sistema imunológico. Prefira fazer antes de correr. Evite depois de uma corrida forte — se realizado com muita intensidade, pode promover o aumento de processos inflamatórios causados pelo treino.

3. REFLEXOLOGIA

O que é: Parte do princípio de que existem pontos em certas regiões, como os pés e as mãos, que correspondem a cada órgão, glândula e estrutura no corpo. Massageando-se esses pontos, seria possível equilibrar a energia e trabalhar certas áreas sem a necessidade de tocá-las diretamente.

Benefícios: Quando realizada nos pés, pode relaxar e ajudar a prevenir fascites plantares, esporões e tendinites. Promove um relaxamento no corpo todo e pode ser feita antes ou depois da corrida.

4. DRENAGEM LINFÁTICA

O que é: Estimulação do sistema linfático, que transporta e filtra líquidos do corpo, por meio de movimentos suaves, ritmados e lentos em direção às glândulas linfáticas, presentes em todo corpo.

Benefícios: Elimina o excesso de líquidos e as toxinas, inclusive o ácido lático. Mais indicada para depois da corrida — como é bastante suave, pode ser muito relaxante.

5. AYURVÉDICA

O que é: Fruto da medicina tradicional indiana, essa técnica tem diversas variações, sendo que as principais são a Abyanga e Padaghati. Pode ser aplicada tanto com as mãos como com cotovelos, joelhos, punhos e pés. Realiza toques, torções e alongamentos com o auxílio de óleos medicinais preparados especificamente para cada paciente.

Benefícios: Relaxa e alivia tensões. Além disso, realiza alongamentos que são muito bem-vindos antes de uma prova de longa distância.

6. SUECA

O que é: Também chamada de esportiva, é considerada por muitos profissionais a base de todas as outras técnicas de massagem. Utiliza manobras vigorosas com deslizamentos profundos. Quando é realizada de maneira mais suave, também pode ser chamada de relaxante.

Benefícios: Muito popular em provas, pode ser feita antes ou depois da corrida. Além de liberar contraturas, ajuda a relaxar e ativa a circulação sanguínea. Pode ser feita em qualquer parte do corpo.

Faça você mesmo

Quando sentir uma dorzinha muscular ou quiser relaxar, você mesmo pode se fazer uma massagem. Confira nossas dicas e aproveite!

• Procure um lugar tranquilo em que possa ficar confortável. Isso é importante para que você não crie mais tensões no corpo.

• Se preferir, use um creme ou óleo de massagem para ajudar as mãos a deslizarem sobre a área massageada. Produtos à base de cânfora "aquecem" e prometem aliviar a dor, enquanto outros com arnica na fórmula podem ajudar a combater a inflamação.

• Na região dos ombros, por exemplo, use a mão oposta ao lado do corpo que pretende massagear. Assim você consegue manipular melhor a área. Já nos pés e pernas, vale usar as duas mãos para fazer movimentos sincronizados.

• Tente sentir com as pontas dos dedos a musculatura que gostaria de massagear.

• Com as mãos, faça movimentos circulares ou de deslizamento na musculatura.

• Se a região estiver um pouco dolorida, concentre-se, inspire e posicione as mãos sobre a região. Na expiração faça um pouco mais de pressão enquanto desliza os dedos.

• Use bolinhas de tênis para ajudar na massagem. Apoie um pé no chão e o outro na bola. Deslize-a para frente e para trás enquanto pressiona levemente a bolinha contra o chão.

• Já para massagear as costas, coloque um colchonete ou cobertor no chão. Deite-se de barriga para cima e coloque duas bolinhas alinhadas na região dos glúteos, uma de cada lado da coluna vertebral. É muito importante que a bolinha fique na musculatura e não sobre a coluna. Inspire e expire três vezes e vá subindo as duas bolinhas até chegar ao pescoço.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

A sociedade analgésica

Uso de anti-inflamatórios sem orientação médica e por tempo prolongado prejudica o tratamento e pode causar complicações graves de saúde.

São Paulo - Todo mundo sente uma dorzinha de vez em quando e, justamente por isso, só costuma se preocupar quando ela passa a atrapalhar significativamente a rotina. Geralmente, em vez de procurarmos um médico para amenizá-la, buscamos a informação com familiares, com o balconista da farmácia ou até na internet. Entretanto, para a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), a dor – sendo ela aguda ou crônica – não deve ser menosprezada e, muito menos, tratada sem orientação de um especialista. Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o quinto sinal vital do corpo humano – depois de temperatura, pulso, respiração e pressão arterial – a dor e o seu grau de intensidade precisam ser avaliadas para que se saiba quais procedimentos tomar para tratá-la.


Segundo o reumatologista Daniel Feldman Pollak, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pacientes com condições musculoesqueléticas (que são muito comuns e incluem mais de 150 doenças e síndromes diferentes, habitualmente associadas à dor e inflamação) tem a pior qualidade de vida. “Está provado que o grau de sofrimento deles é maior que o de pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC). A dor crônica diminui a produtividade do indivíduo, baixa a auto-estima, causa depressão. Por isso, não pode ser ignorada”, explica.


Ao lado dos analgésicos, os anti-inflamatórios são os medicamentos mais usados para o tratamento da dor. Mas eles também são alvos de críticas e de rígida vigilância por causa de seus efeitos colaterais, em especial os problemas gastrointestinais. De acordo com o gastroenterologista Décio Chizon, professor da Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o grande número de usuários de anti-inflamatórios tradicionais e o tempo prolongado de utilização desses medicamentos fazem com que os efeitos colaterais adquiram uma proporção assustadora. “Para cada comprimido prescrito, outros sete ou oito são tomados por conta própria”, conta.


Como explica Daniel Feldman, não existem fármacos que não apresentem efeitos adversos, mas a principal causa do agravamento dessas complicações é o uso indiscriminado do medicamento. “O acompanhamento do médico é importante para definir qual anti-inflamatório será mais adequado, de acordo com a intensidade da dor, a idade e o histórico de cada paciente. É fundamental avaliar os riscos e os benefícios de cada medicamento. Geralmente, quanto mais eficiente a substância, maiores são os riscos de desenvolver úlceras ou problemas cardíacos”, avisa.


Dentre os cerca de 30 milhões de pessoas que tomam anti-inflamatórios por dia no Ocidente, 25% dos usuários crônicos vão desenvolver úlcera e de 2% a 4% terão complicações mais graves, como sangramento e perfuração. Mesmo assim, para Décio Chizon, quando o medicamento é usado corretamente, os benefícios são muito maiores do que os riscos. “Hoje em dia é possível minimizar os efeitos adversos desses remédios. Os anti-inflamatórios tradicionais podem ser associados com outros fármacos, como os inibidores da bomba de prótons (IBP), que protegem o estômago. Outra alternativa é o uso dos coxibes, anti-inflamatórios de última geração, com menos efeitos gastrointestinais”, diz.


Outros riscos


O uso dos coxibes, entretanto, é polêmico. No Brasil, eles só podem ser vendidos sob prescrição médica e com retenção de receita. Muitos medicamentos, entre eles o Vioxx e o Prexige, tiveram a venda proibida. Isso porque são acusados de causar complicações hepáticas, renais e cardíacos.


Entretanto, segundo o cardiologista Paulo Bertini, médico pesquisador da Unidade Clínica de Aterosclerose do Instituto do Coração (InCor), todos os tipos de anti-inflamatórios, tanto os tradicionais quanto os coxibes, podem aumentar a pressão arterial e apresentam riscos similares para efeitos adversos cardiovasculares, como infarto, derrame e insuficiência cardíaca, assim como insuficiência renal. “É um mito achar que apenas os coxibes causam riscos cardiovasculares. Sabemos hoje que a incidência desse tipo de efeito é si milar em ambos”, explica.


Além de aumentar as chances de desenvolver problemas gastrointestinais e cardíacos, o uso indevido e por tempo prolongado de qualquer tipo de anti-inflamatório também pode anular a eficácia destes medicamentos, como explica o ortopedista Rogério Teixeira da Silva, presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). “A automedicação leva à cronificação da dor, ou seja, a falta de tratamento clínico ou cirúrgico torna a dor aguda, provocada por uma lesão crônica. Estudos indicam que a dor não controlada é a principal causa de reinternação e que tratar a dor corretamente melhora o resultado cirúrgico”, diz.

QUESTÃO ECONÔMICA


Aprenda a correr gastando menos energia — seu motor agradece

O que dá rapidez a um corredor? O senso comum diz que é a alta capacidade aeróbia, ou VO2 máx (quantidade máxima de oxigênio que o corpo consegue captar do ar, transportar através do sistema circulatório e utilizar nos músculos). Mas, se examinarmos os dez corredores mais velozes do mundo em qualquer prova, perceberemos que o vencedor não terá necessariamente o maior VO2 max. Então qual é o segredo? Chama-se "economia de corrida".

De acordo com o livro O Corpo do Corredor (editora Gente), o papel do VO2 máx tem sido superestimado. Se você quiser correr mais rápido e ir mais longe, de acordo os autores, é preciso melhorar a economia de corrida, ou seja, a eficiência com que seu corpo utiliza oxigênio. Assim como no caso da economia de combustível de um carro, de quanto menos oxigênio e energia você precisar para movimentar-se em determinado ritmo, mais tempo vai conseguir correr antes de, digamos, esvaziar o tanque.

"A economia de corrida é o que vai ajudá-lo a ir mais rápido, mais longe, exigindo menos do que das pessoas à sua volta", diz Jonathan Dugas, doutor em medicina do esporte na Universidade de Illinois, em Chicago, e um dos autores do livro. "O VO2 máx prevê o desempenho apenas até certo ponto".
É uma ótima notícia, pois significa que sempre há mais espaço para melhorar a economia para além do VO2 máx, que é em grande parte limitado pela genética. Veja como fazer.

Aperfeiçoe a técnica

Sabemos que Paula Radcliffe bateu o recorde mundial da maratona feminina com seu estilo de corrida tranquilo e peculiar. Para os mortais comuns, entretanto, correr de forma relaxada significa desperdício de energia. "Quanto mais você ensaiar a técnica, mais eficiente vai ficar", diz o treinador Matt Fitzgerald, que ajudou a escrever o livro em conjunto com Dugas e Ross Tucker, também doutor em medicina do esporte.

Faça acontecer: Com a ajuda de um treinador, pratique uma boa técnica, num ritmo que pareça confortável, do início ao fim. A ideia não é ficar esbaforido, nem movimentar-se lento demais a ponto de sentir desconforto. Com o tempo, seu trote ficará mais eficiente. Se você ainda é iniciante, simplesmente concentre-se em acumular quilometragem. Conforme for ganhando experiência, trabalhe também a velocidade, inclua treinos em subidas e ritmos variados.

Adquira potência

Ter passadas potentes faz com que a corrida pareça mais fácil. Quanto mais força você é capaz de usar para empurrar o chão com o pé, menos esforço terá que aplicar a cada passada: isso, como resultado, facilita correr mais rápido. "Você sentirá que tem mais força de reserva", diz Fitzgerald.

Faça acontecer: Experimente a pliometria, que trabalha movimentos explosivos de salto que reforçam o impulso de saída do chão. Esses exercícios (ver "Atualize seu treino") contribuem com sua potência para empurrar o solo durante a corrida.

Ganhe força

Distribua a força em todo o corpo para manter-se no ritmo com mais facilidade, mesmo quando vier o cansaço. "Trata-se de distribuir por igual a força em todos os lugares, e não só nas pernas para que corram mais rápido", afirma Dugas. Quaisquer fraquezas podem desequilibrar sua biomecânica e custar mais energia.

Faça acontecer: Peito, costas e ombros ajudarão seu corpo a ficar ereto. Escolha exercícios específicos para incluir na sua rotina e realize-os de forma consistente, recomenda Dugas. "O mais importante é que você esteja de fato fazendo algo para ganhar força", diz ele.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Grande Polêmica ( Correr Descalço )

Por Alexandre Evangelista.

As empresas de material esportivo estão em fervorosa. Recentemente, foram publicados dois artigos em revista internacional de grande renome (NATURE) cujo um dos título é: BAREFOOT RUNNING STRIKES BACK (corrida descalço revida). O outro artigo leva o seguinte título: “Foot strikes patterns and collision forces in habitually barefoot versus shod runners.” Sendo que, neste artigo, os autores também evidenciam que correr descalço diminui o tempo de impacto no solo.


A polêmica começou em janeiro com a publicação desses dois trabalhos. Abaixo temos a explicação de um dos autores:

“Existem 3 tipos de corredores. Os que pisam com o calcanhar (75% a 80% dos casos), os que pisam com a “ponta do pés” (velocistas) e os que utilizam um meio termo (mid-foot striking). Nosso corpo foi criado, originalmente, para correr descalço. Prova disso é que nossos ancestrais, quando iam correndo atrás da caça, o faziam sem a utilização de calçados. Dessa forma, nosso corpo teve que se adaptar a esse estímulo (os autores acreditam que foi a partir daí que o arco plantar apareceu). Além disso, quando os homens da caverna corriam, eles utilizavam a parte medial do pé ou corriam com a ponta dos pés.”

Isso, segundo os autores, pode ser visto até hoje em crianças da tribo Kalenjin no Quênia (vale lembrar que é desta tribo que surgem os maiores corredores das provas de endurance).

Segundo os autores, quando corremos utilizando o meio do pé ou, ainda, a ponta, aproveitamos melhor a força elástica acumulada nos músculos e em nosso tendão calcâneo (qualquer semelhança com os benefícios do treinamento pliométrico, neste caso não é mera coincidência).

Porém, com o mundo moderno e suas comodidades, o tênis passou a ser uma anexo quase que obrigatório de nosso vestuário. O grande problema dele (ainda segundo os pesquisadores) é que seu conforto pode aumentar a incidência de lesões !!!

Não prezado leitor, vc não leu errado. Aquele tênis de 800,00 reais que praticamente fala e corre sozinho pode, na verdade, oferecer uma falsa promessa. Os autores explicam:

“Os calçados esportivo, apesar de serem confortáveis e gerarem maior estabilidade podem, na verdade, aumentar o risco de lesão. Isso ocorre por que corredores que usam calçados tendem a realizar maior dorso flexão plantar e, com isso, apóiam em demasia o calcanhar no chão o que aumenta o impacto na ordem de 1,5 a até 3x o peso corporal.”

Apesar dessa teoria ainda não ser consenso, os números não mentem. O índice de lesão, segundo dados da literatura em corredores de longa distância fica entre 19% e 79%.

Agora, o entendimento dessas informações fica a seu critério. Caso queira maiores detalhes, as referências completam estão abaixo. Vamos apenas torcer para a próxima moda não incluir corrida plantando bananeira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JURGENS WL. Barefoot running strikes back. Nature. 463; 433-4, 2010.

LIEBERMAN DE, et al. Foot strike patterns and collision forces habitually barefoot versus shod runners. Nature. 463; 531-535, 2010.
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